O presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido por ordem direta do presidente Lula, após se tornar alvo da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal e da CGU. A investigação revelou um esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões, promovido por sindicatos e entidades associativas em conluio com servidores públicos.
Como funcionava o esquema?
Entre 2019 e 2024, entidades de fachada passaram a cobrar mensalidades associativas sem autorização expressa dos beneficiários. Esses descontos eram processados direto na folha do INSS, muitas vezes sem que o aposentado soubesse ou tivesse se filiado à entidade.
Para isso, os envolvidos falsificavam documentos, violavam sistemas, e contavam com o apoio interno de servidores públicos que facilitavam os lançamentos indevidos.
Segundo a PF, os descontos ultrapassaram R$ 6,3 bilhões.
Foram cumpridos mais de 200 mandados de busca, sequestro de bens e prisões temporárias em diversos estados, atingindo também a Diretoria de Benefícios do INSS e outros cinco servidores, incluindo o procurador-geral da autarquia.
O que esperar daqui pra frente?
- O governo promete “limpar a casa” e proteger aposentados e pensionistas.
- A tendência é um maior rigor nas exigências para entidades que operam com descontos em folha, além de possíveis mudanças nos Acordos de Cooperação Técnica (ACTs).
- Também é possível que surjam novas barreiras de segurança e validação no Meu INSS.
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Fonte: Isto é dinheiro, Metrópoles, InfoMoney, O Globo, R7, 2tech